Crônica selecionada para a 3ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa:
Professora Orientadora: Lúcia J. Dalmolin, Aluna: Julia Bonin.
TexTO: Crônica
Lições!
Zummm,
Zummm, Zummm, Zummm...Que barulho é esse? De onde vem? Aaaah! Deve ser...
abelhaaa! Por falar em abelha e estou vendo uma aqui! Cheirinho de mel,
barulhinho com Z!
Isso
faz me lembrar da história de minha casa, de minha rua, enfim do lugar onde
moro! Primeiro, vamos localizar! Uma
abelhinha com mel azedo foi quem nomeou meu município, que hoje chamo minha
casa! É, Mirim Doce... Aí nós nos perguntamos doce? Pois é, só fez mel doce
aqui! Esta cidade pequena, que quase não
aparece no mapa está crescendo! E com ela, também, cresce as qualidades do povo
que nela mora!
Até
aparecemos na TV, nossa abelhinha quase se afogou! A chuva começou devagar,
depois foi aumentando, aumentando e as águas devastaram nossa cidade! Graças ao
nosso bom Deus, todos sobreviveram! Perdemos
muita coisa, entre elas, minha cama, meu quarto, minhas lembranças... Mas, o
mais importante ficou: nossa vida, nela a força da água não mexeu, não
danificou!
Apesar
de todo o sofrimento um a um os tijolos, as paredes, as casas foram sendo
lentamente reconstruídas. As paredes de meu cantinho demoraram uma eternidade
para se levantarem e a dor da espera foi muito grande! Nosso povo foi guerreiro
e num abraço fraterno foi ajudando-se e aquela cidade suja, destruída renasceu
das cinzas!
As águas
levaram muitas coisas boas, muitos sentimentos se fortaleceram! Porém, ela se
esqueceu de levar um problema que prejudica muito a vida das pessoas: o
mexerico, conhecido, também, como fofoca, e tem gente que adora comentar e
aumentar os problemas alheios! Aaah! Isso é muito feio!
Esquecendo
este “pequeno detalhe”, a força das águas nos deram muitas lições: respeitar a
diversidade, respeitando as diferenças todos se abraçaram e ajudaram uns aos
outros, nosso povo tornou- se mais solidário! Depois das lições aprendidas,
nossa cidade tornou-se cada dia mais bonita, meu cantinho mais gostoso e o mel,
com certeza, mais doce!